O filme segue Fulano, um homem insatisfeito com seu trabalho e alvo de piadas constantes. Apesar do bullying, ele enfrenta as dificuldades com humor e uma atitude otimista, deixando o público incerto se ele está apenas se conformando ou tentando sobreviver a um dia difícil.
Em um dia de trabalho, Fulano, vestido como um colchão para promover seu serviço, é atingido pela lama de um carro. Observado por seu chefe, ele é liberado para ir para casa e limpar a fantasia. Enquanto caminha, seu rosto visível faz com que seja reconhecido por todos, mostrando como ele é visto e julgado mesmo em uma situação embaraçosa.
Chegando em casa, Fulano adormece e acorda em pânico ao perceber que passou do horário. Nesse momento, dois assaltantes aparecem. Embora existam objetos de valor, como uma TV e uma Airfryer, os ladrões não encontram nada que considerem realmente valioso. Essa cena destaca o contraste entre o material e as crises internas dos personagens.
Os coadjuvantes seguem arquétipos clássicos: o assaltante “esperto”, o “menos esperto”, o chefe autoritário e o vizinho que pratica bullying. Um ponto incômodo é a representação do homem negro como “malandro”, algo que ainda persiste no cinema.
Ainda assim, o filme surpreende ao optar pelo diálogo e pela empatia, em vez de uma resolução violenta. Fulano não reage agressivamente, e os personagens encontram semelhanças em suas crises existenciais, o que gera uma reflexão sobre a vida adulta.
A paleta de cores frias dá o tom da narrativa, enquanto o humor alivia as tensões dramáticas. Apesar de algumas falas serem difíceis de entender por causa da dicção do ator, o filme consegue entreter com uma combinação eficaz de comédia e reflexão.